July 2020

“Pepe” Lopez vence Rallye de Ourense

Piloto confirmado na próxima edição do Rali Vinho da Madeira, José Maria Lopez venceu hoje o Rallye de Ourense, prova integrada no campeonato espanhol de ralis de asfalto. O piloto do Citroën C3 R5 alcançou a meta com uma vantagem de quase um minuto para o segundo classificado, Ivan Ares num Hyundai i 20 R5. O lugar mais baixo do pódio foi para Alberto Monarri também em Citroën C3 R5.

Estou confiante

Rui Pinto terá nesta edição do rali “objetivos fortes. Com as alterações que introduzimos antes da última prova, estou confiante. Tivemos uma boa prestação na Calheta e estou muito motivado para fazer um bom rali e tentar uma boa classificação geral e talvez um pódio entre os concorrentes madeirenses. Este ano a prova é mais curta e não exige um esforço tão grande, pelo que a estratégia habitual tem de ser redefinida”. Pinto, com 57 anos, participou pela primeira vez no Rali Vinho da Madeira em 1983 e em 2020 arrancará pela 28ª vez para a prova organizada pelo Club Sports Madeira. O campeão da Madeira da Produção de 1995 e 2006 e VSH de 2017 já alinhou nesta competição com viaturas tão díspares como um Nissan Sunny 1.2, Opel Kadett GT/E, Opel Manta 2.0, Opel Corsa GSi, Ford Sierra RS Cosworth, Ford Escort RS Cosworth, Mitsubishi Lancer Evo V, Ford Escort Maxi, Mitsubishi Lancer Evo VII, Subaru Impreza STi, Mitsubishi Lancer Evo IX, Mitsubishi Lancer Evo X ou o atual Ford Focus WRC.

Aprender ao máximo

Luis Miguel Rego tem na sua participação no Rali Vinho da Madeira “uma estreia absoluta em provas na ilha. Nunca sequer assisti ao rali e o pouco que conheço é das imagens que vou vendo. Devo ter os pés assentes na terra pois estarão há partida muitos outros pilotos bons conhecedores e com muita experiência. No entanto, sei que é uma prova bastante longa e exigente. Exatamente por isso vou aproveitar para aprender ao máximo e tentar afinar o Skoda Fabia R5 Evo já a pensar no campeonato açoriano. Estou parado desde novembro e esta será uma excelente ocasião para preparar o nosso regresso à atividade nos Açores, em princípio em setembro…” Rego tem 29 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 2008, aos 18, com um Mitsubishi Carisma GT. Tripulou até 2015 carros da marca japonesa e obteve o seu primeiro triunfo absoluto em 2013. Esteve quase até ao final de 2018 aos comandos de um Ford Fiesta R5 até passar, ainda nesse ano, para o volante de um Skoda Fabia R5. Foi campeão açoriano em 2018 e 2019 e estreia-se no próximo Rali Vinho da Madeira com um Skoda Fabia R5 Evo.

RVM: Rali dos Campeões

A próxima edição do Rali Vinho da Madeira quase se poderia denominar Rali dos Campeões. Na prova organizada pelo Club Sports da Madeira e dirigida por Pedro Melvill Araújo estarão nada menos que quatro campeões em título, o da Madeira, o dos Açores, o de Portugal e ainda o de Espanha. Alexandre Camacho, em Citroën C3 R5, Luis Rego em Skoda Fabia R5 Evo, Ricardo Teodósio, também em Skoda Fabia R5 Evo, e José Maria “Pepe” Lopez, num outro Citroën C3 R5, são alguns dos muitos nomes tidos como candidatos à vitória no evento.

Lendas do RVM: Massimo Biasion

Massimo Biasion é um dos nomes mais famosos a passar pelo Rali Vinho da Madeira. O italiano passou pela ilha em plena ascensão de carreira e não teve dificuldade em vencer a edição de 1983, ano em que viria também a se sagrar campeão europeu. “Miki” Biasion tripulou na ocasião um Lancia 037 com as cores da Totip e preparado pelo Jolly Club, na altura uma academia de formação do grupo Fiat nos ralis. Biasion nasceu em 1958 em Bassano del Grappa e iniciou-se nos ralis no final dos anos 1970. Conduziu Opel Kadett GT/E e Opel Ascona 400 e integrou a equipa Conrero, braço transalpino da marca alemã. Entre 1983 e 1991 foi piloto Lancia e, após muitas vitórias, juntou ao título europeu os títulos mundiais de 1988 e 1989. Esteve posteriormente ligado à Ford, terminando a sua carreira no WRC em 1994 após 17 vitórias e 40 pódios. Nos últimos anos participa esporadicamente em ralis e foi piloto assíduo do Dakar.

Ganhar a classe RGT

Filipe Freitas apresenta-se a este Rali Vinho da Madeira com a vontade de “ganhar a classe RGT. Vamos tentar andar o melhor possível e, conforme o desenrolar da prova, fixar outros objetivos. Lutar em ralis com os pilotos em viaturas R5 não é fácil mas tudo faremos para ficar à frente duns quantos adversários nesse tipo de viatura. Neste rali, caso a temperatura esteja alta e como estamos num carro potente e de tração traseira, poderemos ter problemas com o desgaste de pneus e a nossa prova pode ser determinada pela gestão da borracha”. Freitas tem 48 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 1998. No ano seguinte disputou uma competição monomarca em que foi um dos protagonistas. Já passou pelo volante de inúmeros modelos como o Renault Clio RS, Citroën Saxo Kit-Car, Opel Astra Kit-Car, VW Golf Kit-Car, Renault Clio S1600 ou Mitsubishi Lancer Evo X. Está aos comandos de um Porsche desde 2014. Foi campeão absoluto da Madeira em 2013 e 2016.

Lendas do RVM: MG MGA

Os carros do Rali sempre preencheram o imaginário dos madeirenses. Na primeira edição da prova e em estradas muito difíceis, quem se impôs foi o alentejano José Bernardino Lampreia ao volante de um MG MGA. Este modelo da Morris Garage começou a ser desenvolvido em 1951 e foi produzido entre 1955 e 1962. Foi criado por Syd Enever com uma carroçaria mais aerodinâmica e com um centro de gravidade mais baixo que o anterior MG TF. Com pouco menos de 4 metros de comprimento, tinha uma largura de 1,48m e uma altura de 1,27m. Estava dotado de um motor de quatro cilindros em linha, com 1.588 cc, e dupla árvore de cames à cabeça para debitar 108 cavalos. Pesava cerca de 900 kg e tinha uma aceleração dos 0 aos 100 km/h de 12,9 segundos. Estava dotado de travões de disco nas quatro rodas.

Chegar à meta

João Ferreira participa no Rali Vinho da Madeira com o intuito principal de “tentar acabar a prova. Estamos muito limitados em termos de classe pois o nosso carro já está longe da evolução de modelos bem mais recentes e competitivos. Tentaremos estar à partida com a viatura bem melhor preparada pois na Calheta registamos muitos problemas, que nos fizeram perder muito tempo. Para além disso, estive parado cinco anos e acusei uma certa falta de ritmo. Nestas circunstâncias, pretendo, antes de mais, participar neste grande rali, tentar lutar com outros pilotos com carros idênticos ao meu e, sobretudo, chegar à meta”. Ferreira conta 48 anos de idade e estreou-se nos ralis em 2004 com um Toyota Starlet, carro com que venceu várias vezes a classe. No ano seguinte passou para o volante de um Citroën Saxo, viatura que utilizou durante duas temporadas. Entre 2007 e 2010 passou a guiar um Citroën C2 R2 com que foi um dos mais rápidos do seu escalão. O piloto teve depois participações esporádicas com um Renault Clio RS até fazer uma pausa na sua carreira em 2014. Este ano regressou à atividade.

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